No decorrer da semana, antes do confronto com o Grêmio o assunto era um só: Silas. As declarações dele, as atitudes durante o jogo de ida, como seria sua postura aqui e a receptividade da torcida.
Não toquei no assunto aqui no blog por um simples motivo, achei tudo aquilo normal, coisas do futebol. Ele pode até ter se perdido quando disse que o sentimento que tem pelo Grêmio nestes 3 meses de trabalho por lá já é maior que o que tem pelo AVAÍ depois dos dois anos que esteve por aqui. Mas disse isto pois está com a cabeça à prêmio por lá e quis salvá-la.
Quanto à delação ou não do Caio, é outra coisa que considerei normal do futebol. Acontece todos os dias, que é induzir o árbitro a punir o adversário como fazem quando simulam um pênalti ou encenam uma contusão mais séria numa falta para ver se o árbitro cai na sua.
Antes do jogo de Porto Alegre a minha intenção era de aplaudí-lo pois é um ídolo, mas como, apesar de ter achado normal, suas atitudes acabaram prejudicando o AVAÍ, não iria aplaudí-lo, mas também não iria vaiá-lo, minha intenção era ignorá-lo. E foi isto que fiz quando ele entrou em campo. Não achei nada legal as vaias no início. Os mesmos que o vaiaram no início, aplaudiram o Benazzi quando esteve aqui, e este sim já tinha feito muito contra nós quando estava no time do estreito, seja com palavras ou gestos.Mas as vaias mexeram muito com ele. Era nítido o seu abatimento e no primeiro tempo parecia que ele estava aéreo, assim como seus comandados. No entanto quando o Jonas empatou a partida ele virou-se para torcida e comemorou com raiva, como se sempre tivéssemos sido adversários. Certamente ele fez isto como forma de desabafo, mas acabou acendendo um barril de pólvora. Aí sim, TODOS começaram a xingá-lo, e me incluo aí.
E depois, analisando friamente a situação, acho que foi exagerada a resposta dada a um cara que tanto admiramos, independente de ter tido seus problemas aqui, teimosias e até mesmo em algumas situações ser obrigado a mudar sua forma de pensar e escalar o time por pessoas de dentro do clube para sairmos do buraco.
Espero que num próximo encontro os ânimos já estejam mais leves.
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Imagem: Mausé
2 comentários:
Concordo com você, não foi legal desrespeitar um cara que foi tão importante para o nosso crescimento dos últimos anos. Mas infelizmente estes comportamentos hoje em dia fazem parte do futebol.
Acredito que podemos mostrar a nossa emoção e defender nosso clube sem precisar faltar com respeito as pessoas.
Tema muito polêmico: muitos a favor das vaias e defendendo-as e muitos outros contra pelo motivo que você bem colocou o que representou o técnico para o clube.
Penso que houve uma reciprocidade entre AVAI e SILAS... O treinador nos ajudou muito, porém, nao foi de graça e o clube deu esta chance para que ele realizasse tal trabalho. Confesso que nesta fico em cima do muro.. Nao quero condenar aqueles que vaiaram e xingaram nem defendê-los também.
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