Pra começar a conversa vou separar o marketing da política de preços de mensalidades e ingressos, que vou tratar como Relacionamente com os Sócios, pois apesar de serem tratados conjuntamente, se colocasse tudo nesta postagem seriam erros demais a corrigir em 2011 e ficaria muito longo pois foi o setor que mais errou e que, na minha visão, foi o principal responsável pela campanha ridícula deste Brasileirão.
Precisamos de um marketing mais ativo, ou melhor pró-ativo, que aproveite as oportunidades assim que elas surjam. Neste ano contratamos o Sávio, que seria uma espécie de Ronaldo Fenômeno do AVAÍ, ou seja, se não rendesse dentro de campo, ao menos exploraríamos sua imagem para, com venda de produtos, conseguir ao menos pagar seus salários. O que aconteceu todos sabem, chegou e mal foi anunciado, ganhou a camisa 10 fixa mas mais de um mês depois da sua chegada ainda não tinha a camisa 10 do Sávio à venda e quando esta chegou às lojas ele já estava machucado e acabou encalhando, o que quer dizer prejuízo.
Agora com os três gols do Caio contra o Santos resolveram que iriam fazer uma camisa em alusão à permanência na Série A. Pô, ficar na Série A era praticamente uma obrigação, mas se realmente quisessem fazer uma camisa (de novo camisa) por este motivo, que estivessem nas lojas na semana seguinte. Se realmente fizerem esta camisa com o autógrafo do Caio, muito provavelmente quando ela chegar às lojas o Caio nem será mais jogador do AVAÍ. Mais ou menos como fizeram com o bonequinho do Silas.
E outra coisa, que seu saiba marketing é agregar valor à imagem do clube para gerar receita com produtos, fidelização do torcedor, etc., e não só vender camisa. Não podemos desprezar a receita com venda de produtos licenciados, mas é preciso algo mais.
Ah, a dificuldade de se licenciar um produto, as poucas opções nas lojas e os preços cobrados também ajudam a afugentar o torcedor. Exemplos recentes que li nos blogs foi a tentativa do Gérson fazer uma camisa do seu blog e da Nossa Senhora da Ressacada. Tudo bem que precisa-se exigir um mínimo de qualidade e padrão, mas estes não parecem o caso. Parece que o AVAÍ dificulta a vida de quem quer licenciar e faz vistas grossas para a pirataria. Se não é uma pessoa que tem consciência de quanto o clube deixa de ganhar, acaba produzindo e vendendo e qualquer jeito mesmo, sem pagar nada para o clube.
Tendo filho pequeno vejo como é difícil de conseguir uma coisa diferente para ele. Para bebês só se encontra tip-top e depois camisa de jogo, que já são bem maiores. Não se consegue uma bermuda, camisetinha bem feita, camisa polo, estas coisas. Se você quer uma roupinha mais ajeitada, compre uma azul e leve para bordar em algum lugar. Certamente sairá muito mais barato do que se fosse comprado licenciado mas o clube acaba não ganhando nada com isto, mas se pelo menos oferecesse um produto similar...
Gostei da idéia da promoção Suor de Guerreiro, que sorteava camisas teoricamente usadas nos jogos para torcedores que apostassem no AVAÍ na Timemania. O problema é que não existia um controle eficiente das apostas, exigia-se 5 apostas que custavam R$ 10,00 e se o torcedor participasse de todos os sorteios arcaria com um custo alto, e principalmente, a divulgação dos ganhadores era falha. Tinha que se anunciado em seguida do jogo, mas as vezes demorava semanas pois tinham que colocar as fotos da entrega no site junto com a divulgação. Como esta promoção "não pegou", fizeram outra que exigia-se menos apostas mas exigia-se um cadastro na secretaria. Achei tão esdrúxula esta exigência que não participei nem divulguei a promoção aqui no blog.
Estes são alguns dos motivos que acabam afastando o torcedor ou fazendo com que o clube deixe de arrecadar mais. Pode-se fazer muuuuita coisa para melhorar, pegar exemplo de clubes que tiveram sucesso e implementar algo parecido, mas não se pode esperar esperar tudo acontecer para depois correr atrás, quem que correr na frente.
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