terça-feira, 2 de setembro de 2008

Um pouco de história

Li no Blog Nobre Azurra do Seu Cunha, gostei e transcrevo aqui para quem ainda não leu.
É um pouco de história do AVAÍ, fugindo um pouco do que vemos na maioria das publicações e abordando um pouco da história da própria cidade naquela época.
Aí vai:

HISTÓRIA DO CLUBE

Estamos em 1923. Um ano depois do centenário da Independência, o Brasil é um país cheio de problemas. Vive uma crise política sem precedentes. O presidente Arthur Bernardes governa com mão-de-ferro e um estado de sítio. Os ministros tentam renegociar com banqueiros americanos e europeus a rolagem da dívida e um novo empréstimo. A imprensa luta por uma “amnistia”. Nos finais de semana, os jovens aristocratas praticam o remo e um novo esporte inglês de nome complicado: foot-ball.



1923. Florianópolis é uma ilha como todas as cidades pequenas. A vida passa calmamente e poucos percebem a eterna mudança do tempo. A ponte preta metálica vai mudando a paisagem e a vida das pessoas. O dia termina nas conversas ao redor da bela figueira. Nas ruas iluminadas pelos lampiões de gás, os cavalheiros – nas suas fatiotas de linho ou casemira – tiravam os chapéus e cumprimentavam as damas nos longos vestidos. O lazer era o Remo e os saraus
Em 23, o Brasil vive uma grave crise política e financeira. Porém, nas esquinas surge uma paixão nacional: o foot-ball.

Até a década de 20, o futebol era um privilégio de aristocratas e descendentes de europeus. Mas, logo todos perceberam que a bola se adaptava mais aos pés hábeis, as cinturas ágeis e ao talento dos jovens operários. E, em cada esquina surgia um “team”. O futebol já era paixão nacional.

Na rua Frei Caneca, no bairro Pedra Grande, um bando de garotos enfrentava os campos improvisados e fazia uma festa aos domingos e feriados. No entanto, eles sonhavam em jogar com os “ternos” (uniformes), como os times do Rio e São Paulo. Um dia, o comerciante Amadeu Horn realizou o sonho da gurizada. Dentro de uma caixa, saíram as camisetas listradas azuis e brancas, calções e meias azuis, chuteiras e uma bola nova. O uniforme era igual ao do seu querido Riachuelo.

Era a hora de estrear o jogo de “terno”. O adversário seria o temível Humaitá. Uma equipe forte e valente. E, num domingo, o campo do Baú ficou lotado. Lá, o goleiro não via a outra trave e nem o ponteiro direito enxergava o ponta-esquerda. Aliás, estes “pequenos” detalhes não interessavam. O que importava era a bola correndo. Os garotos de Amadeu Horn venceram. Infelizmente, os artilheiros se perderam pelo tempo. Jamais se saberá quem marcou o primeiro gol do time azul e branco. O talento dos meninos entusiasmou Amadeu. Para comemorar o feito, ele deu uma festa.

Duas vitórias sobre o Humaitá. E alguém tem uma idéia genial: “Vamos fundar um clube!” Era o início da história do Avaí.

“Sorte”. Esta foi a desculpa do humilhado Humaitá. E, foi marcada uma revanche. Nunca o campo do Baú viu tanta gente. Os “guris” de Amadeu Horn mostraram a garra e o talento da partida anterior. Uma nova vitória e uma outra festa. As meninas brindavam os heróis com doces, licores e cervejas. No peito, como se fosse um troféu, um laço de fita azul e branco. Na euforia, alguém sugeriu: “Por que não fundamos um clube de verdade?” A idéia foi aceita.

1º de setembro de 1923. Um sábado de tempo bom e vento norte. Um dia aparentemente normal. A cidade estava, como de costume, calma. Nas sombras da árvore frondosa, as pessoas conversavam. Entretanto, na residência de Amadeu Hom estava tudo preparado. Quem chegava assinava o livro de atas. Um só assunto foi discutido: o time de futebol. O nome escolhido foi Independência e Amadeu Hom eleito presidente.

Quando todos já começavam a traçar os planos do novo clube, chega atrasado, pois precisara trabalhar após o expediente, Arnaldo Pinto de Oliveira. Contaram- lhe as novas. Ele não concordou com o nome escolhido. “Independência é muito grande. Fica difícil incentivar o team. Quando a torcida estiver gritando, depois de um goal, Independência, o adversário empata o jogo. É preciso um nome menor. Além disso, as cores não combinam. Ou será que vocês querem mudar as cores?”, conta o historiador Osni Meira. “E que nome você sugere?”, perguntaram-lhe. Arnaldo estava lendo um livro de história do Brasil e gostara do episódio a Batalha do Avahy. “Vocês já pensaram na nossa torcida gritando Avahy?” A resposta veio em coro: “Avahy! Avahy!”. Era o começo de uma história de glórias e lutas de um clube que nasceu sob o signo da vitória.

Um comentário:

Anônimo disse...

É isso ai meu caro,a respeito de copiar fique sempre bem a vontade, o que vale é divulgar e trazer noticias do nosso avai, seja de qualquer fonte ok. veja esse site que vou te passar é bem legal e contém bastante informações.
www.tudook.com/futebol

forte abraço