sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Maracutaias tricolores (13)

2001 – Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão. Na decisão final contra o Caxias, do Rio Grande do Sul, o Figueirense vencia o jogo no Orlando Scarpelli por 1a0. Novamente, a torcida local, impaciente e não querendo correr o risco de um acidente de última hora, decidiu invadir o campo antes do final do jogo. O árbitro do jogo, Alfredo dos Santos Loebeling, deu a partida como interrompida. Deu inclusive declarações, ainda no gramado, de que a partida, repetimos, havia sido interrompida pela invasão dos torcedores. Quando desceu para o vestiário, foi visitado por dos diretores do Figueirense, um deles J.B. Telles (estes fatos foram descritos ao vivo pela rádio CBN Diário naquela tarde, basta ouvir a fita) e, depois disto, o mesmo disse que não responderia mais nada, somente faria declarações diretamente na súmula do jogo. Algum tempo depois, apareceu a súmula do jogo, onde o árbitro descreve a partida não como interrompida, mas sim como encerrada. Até hoje não se sabe ao certo o que fez o Sr. Loebeling mudar a declaração dos fatos para ajudar ao Figueirense, porém, o mesmo foi afastado do futebol depois deste episódio escandaloso. Em declaração ao programa Terceiro Tempo (do comentarista Milton Neves), tempos depois, o ex-árbitro, bastante emocionado, declarou-se traído, pois teria mudado a súmula por ordem o então presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Armando Marques, e que depois disso foi afastado do futebol, sendo o único que pagou pelo ardil montado para ascender o Figueirense à Série “A” do Brasileiro. Resultado: súmula alterada, o Tribunal não acatou a argüição do Caxias (a fita da declaração do árbitro no campo), considerando somente a súmula como prova, o Figueirense novamente subiu pela “janela” e, de quebra, mais um árbitro envolvido em uma trapaça alvinegra que saiu definitivamente dos gramados.

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