terça-feira, 17 de novembro de 2009

Tudo muito lindo, mas...

Vitória maiúscula, torcida dando show, público compareceu em massa, o esperado dinheiro entrou e quase tudo ficou bom.
Mas tem um porém! A Ressacada tem capacidade para 15 mil pessoas. Temos pelo menos 12 mil sócios. Com um cálculo simples sabe-se que apenas 3 mil ingressos poderiam ser vendidos sem problema algum. Considerando-se que mil sócios não iriam, o que é um número razoável já que era um jogo muito esperado e só não iria quem tivesse um motivo realmente forte, teríamos mais ou menos uns 4 mil ingressos disponíveis.
Mas o cálculo feito não foi exatamente este. Calcularam que 3 mil sócios não iriam ao jogo e colocaram a venda perto de 6 mil ingressos para todos os setores. Houve superlotação e se todos que estavam na Ressacada quisessem sentar não haveria lugar suficiente. Pior, mesmo com um preço salgado nos ingressos, todos foram vendidos ocasionando inclusive mistura de torcidas, o que num jogo daqueles é perigoso.
Contei tudo isto para falar de um problema que eu e o pessoal que estava sentado perto de mim passou. Nunca sento na minha cadeira, mas como ia lotar resolvi seguir a cartilha e fui pro meu lugar de direito. Antes de iniciar o jogo tinha uma senhora, toda de perto e com um binóculos em pé quase na minha frente (minha cadeira é no setor A bem acima da entrada) encostada na mureta da entrada. Pedimos que ela sentasse pois estava atrapalhando e naquele local era impossível de ficar em pé. Ela sentou mas logo levantou-se novamente pois uma pessoa na sua frente também estava em pé. Reclamamos, alguns atiraram bolinhas de papel mas ela não dava ouvidos.
No primeiro gol do William notei que ela ficou sentadinha. Quando saiu o gol do Corinthians ela estava discutindo com uma pessoa que pedia que ela sentasse e ela não viu o gol. Quando o marido disse que tinha sido gol do Corinthians ela vibrou. Ah, foi a senha para eu sair do sério pois até então eu estava sentado quieto no meu canto. Falei algumas delicadezas pra ela, disse que ela deveria estar no outro setor e que ela estava atrapalhando e teria que sentar. O argumento dela é que uma pessoa estava em pé na sua frente e assim ela não conseguia ver o jogo. Falei simplesmente que o problema não era meu, o meu problema era ela que estava me atrapalhando e que teria que sentar.
O pior foi escutar que ela tinha pago R$ 100,00 para estar ali. Falei que paguei R$ 960,00 e pago o jogo inteiro. Eu já estava roxo parecendo uma beringela e como chegou a turma do deixa disso e um cara deu lugar para ela parar de atrapalhar a coisa parou por ali.
Assim como este problema eu vi vários outros por ali. A causa foi a superlotação. É importante aproveitar estes jogos para ganhar dinheiro, mas tem que ser de uma forma mais bem pensada. Que sirva de lição para outros grandes jogos pois isto agora é uma constante e temos que estar acostumados e preparados para tal.

8 comentários:

Anônimo disse...

direitos e direitos...

tambem nao gostei da mulher

mas se ela quer ficar em pé, aí é opção dela.

e aí iniciariamos uma discussão sem fim sobre o assunto a partir de agora...

Lu disse...

Sandro...
Isso é um problema recorrente.
Nós chegamos na hora do jogo... nossos devidos lugares ocupados...e pedimos com toda a delicadeza para eles saírem pois aquele era lugar de sócio. Por sorte, dessa vez o pessoal saiu numa boa... mas nem sempre é assim. Já tivemos algumas brigas por causa disso, inclusive com familia de jogador que tinha ganho o ingresso para sentar ali!! Não sei se o mesmo acontece no setor D, mas acho que no A deveriam vender ingresso só para acompanhante de sócio e só!

Unknown disse...

Anônimo,
pode até ser opção dela, eu tb gosto de ficar em pé, mas daí fico lá na frente, no parapeito que não atrapalha ninguém. Ela não pode simplesmente resolver ficar em pé no meio das cadeiras atrapalhando um monte de gente atrás dela que quer ver o jogo.

Lu,
aconteceu o mesmo caso que acontece com vcs com um conhecido meu. Um senhor estava na sua cadeira, ele teve que chamar os seguranças e mesmo assim o cara não queria sair.

Saudações Azurras,
Sandro

valeci disse...

Sandro, concordo que o AVAÍ tem que aproveitar os momentos em que o time está em alta, para arrecadar...
No entanto, nessa parte de cadeiras, no AVAÍ não é recente, sempre foi assim desde a inauguração da Ressacada.
Em dias de jogo em que vejo que a torcida vai ao jogo, me dirijo para minha cadeira para evitar discussões no campo.
Acho que o valor das cadeiras deveria ser cobrados um valor alto para evitar esse tipo de problemas.
E, a diretoria pensar em aumentar o espaço físico, pois daqui para frente irá aumentar a procura para a compra de cadeiras e os problemas serão cada vez maiores...
Um abraço.

Rodrigo Pons disse...

Este problema de ter alguém sentado em sua cadeira não vai parar de ocorrer até os ingressos vendidos separadamente serem numerados.
Eu sou sócido do setor D, mas sei que quem compra um ingresso não tem a menor ideia de qual é o local dele para se sentar e assistir o jogo.
Dae alguém pode pensar "mas dae o Avai vai ter que investir em informatização, a venda de ingressos terá que ser online ou apenas na secretaria, para escolher qual cadeira vai querer sentar, etc...". Mas é exatamente isso. Enquanto isso não acontecer esse problema não terá fim.
Sobre o jogo, do meu lado tinha uns 4 caras que passaram o jogo inteiro olhando para a torcida do Corinthians... eu não reparei a reação deles no gol do Corinthians, só percebi eles pouco tempo antes do segundo gol do Avai... tinham que ver a cara de choro deles, hauhauahua... no intervalo eles desapareceram.

Saudações Avaianas
Rodrigo Pons

Alexandre Fernandez Vaz disse...

Caro Sandro
Tenho acompanhado o seu blog.
Todo associado tem direito à cadeira, certo? Então, o Avaí simplesmente não pode vende ingressos supondo que o associado não vá comparecer. Afinal, o dinheiro já foi ganho com as mensalidades, não? Fazer isso é vender o mesmo produto duas vezes, mas sem entregá-lo em uma delas.
E quanto à torcedora na sua frente, sim, ela foi mal educada. Mas, penso que não precisamos ser hostis com torcedores adversários, mesmo que eles esteja próximos da gente. Ou estou errado?
Um abraço,
Alexandre.

Unknown disse...

Alexandre, o AVAÍ fez mais ou menos como as empresas aéreas fazem, o tal de overbook, vendendo ingresso para lugares que eles imaginavam que ficariam vazios. Concordo plenamente contigo e acho que foi um tanto quanto irresponsável esta venda além.
Quanto a minha hostilidade em relação à torcedora corinthiana, quem me conhece sabe que sou uma pessoa muito tranquila e avesso a confusões deste tipo, mas ela realmente irritou pois além de estar torcendo para o adersário ainda estava atrapalhando nossa visão de jogo. Minha esposa (que está grávida de 6 meses) e meu vizinho de 11 anos que estavam comigo não conseguiam ver nada pq ela estava na frente. Minha esposa já tinha pedido educadamente que ela se sentasse e já estava se estressando e fui obrigado a tomar partido.
Saudações Azurras,
Sandro

Alexandre disse...

Sandro
Entendo a sua reação e a moça de fato foi mal educada, não resta dúvida. E na emoção do jogo, tão importante pelo caráter simbólico que tinha, e pela maravilhosa campanha que o Avaí vem fazendo, não é fácil mesmo se segurar. Mas, enfim, só acho que devemos ser calorosos com os torcedores adversários, já há tanta violência por aí, não? Aliás, gosto muito dos seus comentários quando afirma que os torcedores do Avaí recebem bem os visitantes. O que, me parece, é fato. Vi muita gente com a camiseta do Corinthias andando em meio aos milhares da avaianos, e não vi ninguém ser mal tratado.
Olha, e parabéns pelo seu blog, eu o leio diariamente.
Um abraço em você também no Valeci,
Alexandre.