segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Chocolate para o Imperador

Foi um chocolate. Um baile. Não deixamos o Flamengo jogar. O Imperador, com febre, nem apareceu para jogar. Ou melhor, nossa defesa não deu chances para ele jogar. Em duas oportunidades ele recebeu bolas dentro da área, mas foi facilmente desarmado pelos nossos defensores.
O time deles estava desfigurado, desfalcado e totalmente desorganizado. Ninguém arma, ninguém marca, o time não lembra em nada a potência que já foi.
Mas nós não temos nada a ver com isto. Nosso time está organizado, concentrado e com o grande objetivo de somar o maior número de pontos possíveis, primeiramente para permanecer na Série A e depois que alcançarmos isto vamos pensar em vôos mais altos. Por enquanto o objetivo está sendo alcançado com louvor.
Muriqui mais uma vez fez ótima partida, ganhando praticamente todas as jogadas e deixando a defesa adversária em polvorosa. Marquinhos organizou o meio-de-campo. Léo Gago também fez ótima partida e marcou mais uma vez, desta vez com a perna Gaga. Ferdinando voltou ao time muito bem, sempre firme na marcação e distribuindo bem o jogo. Eltinho foi outro gigante, assim como os zagueiros. Destaco o Rafael que ganhou todas. O Émerson também foi muito bem no desarme e na marcação do Imperador, mas achei que pecou bastante na hora de entregar a bola para os nossos meias.
Luiz Ricardo fez uma das suas melhores partidas no AVAÍ, marcando o gol e mostrando a importância de ser um coringa. Fabinho Capixaba entrou bem, como se já fosse o dono da posição. Em alguns momentos foi um pouco displicente mas é muito eficiente. Fez um gol e exigiu uma ótima defesa do mala do Bruno em outro belo chute de fora.
Mas quero dar um destaque especial ao nosso comandante Silas. Na hora que a imprensa míope, que só enxerga o básico, queria a entrada do Roberto no lugar do William, ele colocou o Capixaba na lateral e adiantou o Luiz Ricardo. Bela sacada. Melhorou a lateral e ganhou um atacante com mais mobilidade. Se o Roberto tivesse entrado acho que não teria surtido efeito pois não pegaria a defesa adversária cansada. Silas montou muito bem o esquema de marcação no Adriano que era o único que poderia incomodar, anulando-o. Ganhamos todas as bolas no meio, o que facilitou na armação rápida das jogadas de ataque.
Os 3x0 ficou barato pro Flamengo. Pelo volume de jogo e pelas oportunidades que tivemos, poderia ter sido de 4, 5 ou mais. Na nossa primeira Série A empatamos no Maracanã e demos um baile na Ressacada. Definitivamente, o Flamengo não é mais aquele.

2 comentários:

Diego F. Damiani disse...

Comentário de um flamenguista que estava ao meu lado no boteco assistindo ao jogo trajado da cabeça aos pés com as cores do RUBRO-Negro carioca: " meu deus ô, quem é este cara (ADRIANO) para vestir a camisa 10 do Zico??" Provavelmente com saudades daquele time do Flamengo que foi campeão em cima do Liverpool.
Que partida do AVAI, pra mim, se não foi a melhor na ressacada, foi a segunda. Abraços

Mário Coelho disse...

Assim como o companheiro acima, também assisti o jogo acompanhado de um torcedor rubro-negro. Só que em casa mesmo - moro em Brasília, tem muita fila, táx me entendendo? ;). Ele saiu, depois do jogo, digamos, aliviado com o resultado. A única coisa que pedia era um golzinho de honra, hehehe.

Quanto ao seu texto, o que me impressiona é a regularidade do Muriqui. Mesmo que ele não se destaque numa partida por conta da marcação e das pancadas que leva, ele nunca se omite, nunca se esconde, nunca deixa de colocar velocidade, de partir para cima dos zagueiros, de criar situações de perigo. Não somos um time com grandes craques, na minha visão. Mesmo assim, acredito que poucos times têm uma linha de quatro no meio campo como a gente: Ferdinando, Leo Gago, Marquinhos e Muriqui. Côsa linda esse Avaí!

Abs e parabéns pelo blog!